segunda-feira, 25 de abril de 2011

O problema é a fila!!?!?!?!

"Um fenômeno muito estudado na psicologia presenciei em uma conversa sobre a fila do RU: “para mim, o problema não são as pessoas que furam, mas é a fila”.
Clássico discurso dos nossos representantes do DCE e CAs: “se não tivesse fila, não teria problema”.
Na Psicologia, isso tem nome: reificação. Também está envolvido um comportamento de esquiva do indivíduo em relação a sua contribuição para o problema.
Explico:
Reificação é a “fila”, essa entidade maligna que cria todas as dificuldades do nosso dia. Não são as pessoas que formam as filas, nem seu comportamento que aumenta a espera de todos o problema. O problema é a ‘fila’.
“... se não tivesse fila ...”. Aí começa o comportamento de esquiva: desloca-se o problema para o governo que não repassa verbas, para a UFSC que não aplica o dinheiro, e sei lá mais quem culpam por não dar todo o suporte necessário para os estudantes: “não dão moradia”, “não dão alimento”, “não dão livros”, “não dão conhecimento”. Na minha opinião, o que mais precisa dar é ética a essas pessoas.
A responsabilidade pela fila é de todos. Não se implicar no problema e responsabilizar os outros é fácil. Difícil é olhar para o que você faz.
Acabou a fila, acabou os problemas? E se, em qualquer outra ocasião da vida (e não duvide que terão outras), surgir, por algum imprevisto, uma fila? Como as pessoas vão se comportar? Não é importante que as pessoas respeitem uma regra como essa?
A responsabilidade da fila é da UFSC e é minha também. Não é algo unilateral. Ninguém discorda que o RU precisa de mais lugares (e muito avanço foi feito para diminuir a fila), mas e sua contribuição para diminui-la?

Falta sua contribuição: não fure a fila!

att,
Celina."

PS: Contribuição recebida por email!!! Participe você também!!

3 comentários:

  1. Concordo em todos os aspectos.
    Nós não gostamos de nos responsabilizar. Os problemas sempre vem de fora, nós nunca os criamos ou contribuímos para seu agravo.
    Realmente lamentável.
    Não se precisa, na verdade, ser Madre Tereza de Calcutá ou outro grande exemplo de solidariedade e desapego para se trazer grandes mudanças; basta, apenas, com que não prejudiquemos ninguém. Só isso.

    Está na hora de como povo tomarmos consciência disso.

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  2. Desculpem, mas como vocês podem focar esse problema no individual e assumir essa culpa assim? É quase cristão (é nossa culpa, nossa máxima culpa!)! Não se trata de "discurso" desse ou daquele. É um problema objetivo: duas alas com duas entradas cada para um número gigantesco (e aumentando!) de alunos! Alguém discorda destes números?

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  3. Caro(a) "...lorota...",

    Parece-me que você não leu ou não acompanha nenhuma das discussões deste blog.
    Resumindo bem brevemente para você: existem dois aspectos, quase que distintos, e em torno desta distinção é que gira nossa problematização.
    1) Existem filas. Isto é fato e os alunos (principalmente representados pelo DCE) lutam para que elas acabem. É uma luta justa e digna. Nunca negamos a importância deste problema.
    2) Os alunos furam a fila. Isto é desrespeito e falta de cidadania, que não pode ser justificado pelo simples fato das filas existirem.
    Não vou aqui retomar toda discussão, peço apenas que você leia algumas de nossas postagens, em particular a primeira.
    O que me chama atenção é que pela segunda vez alguém tem coragem de fazer uma crítica direta. Parabéns a você!! Mas também pela segunda vez, esta pessoa também não se identifica.
    Convido-lhe a pegar fila comigo, do final, para que possamos falar mais sobre o assunto.
    Leonardo - Psicologia - 5 fase

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