terça-feira, 24 de novembro de 2009

Eleições DCE - Parte 2

Estive no debate das chapas candidatas ao DCE realizado na terça-feira (dia 17) e entre seus discursos as chapas mencionaram: "dia-a-dia do estudante" (Chapa 1), "transformação social" (Chapa 2) e "casa não se contrói pelo telhado" (Chapa 3).

Acredito que uma "transformação social" só será realizada neste país com uma mudança de comportamento da sociedade, ou seja, dos cidadãos que compõem esta sociedade. E quem são estes cidadãos senão nós mesmos?
Dessa forma, entendo que a universidade e instituições como o DCE deveriam participar na construção do caráter dos alunos, no intuito de formar indivíduos que, além de lutar pelos seus direitos, respeitem o próximo, saibam seu lugar na sociedade, não usufruam de privilégios e que cumpram com seus deveres.
Entre outras ações vergonhosas, desrespeitamos as filas do RU, não respeitamos o silêncio na biblioteca, riscam-se os livros, as luzes da universidades ficam acesas durante o dia inteiro.
Mas quem se importa? Não sai do meu bolso...
Para quê me indispor com os outros?

Prevalece a "lei de Gerson", do cada um por si, do "jeitinho", da malandragem.

Levantei este tema às três chapas para que pudesse tomar uma decisão quanto ao meu voto.
Enviei emails e fui ignorado.
Quando questionados diretamente, os integrantes das "diferentes" chapas repetiram o mesmíssimo discurso de sempre: "O tema é algo individual, não depende da política. Nossos esforços são no sentido de acabar com as filas".
Futuros POLÍTICOS ou POLITIQUEIROS? (ainda existe diferença?)
O discurso indica que ninguém está realmente preocupado com uma mudança na sociedade. O negócio é angariar votos e apontar dedos!
Se até mesmo nossos alunos têm este pensamento, não vejo esperanças.
E dizer que semestre passado a gestão anterior trouxe o Delegado Protógenes Queiroz para uma palestra em nossa universidade. Todos se encheram de orgulho, cantamos o hino nacional e nos indignamos com a corrupção.
Depois saímos de lá e furamos a fila!
A corrupção está bem mais próxima do que imaginamos. Senão for cortada pela raiz, torna-se irreversível.

Esclareço que meu intuito é alertar estes colegas à problemática da questão.

Parem e reflitam.

Afinal, vocês serão nossos futuros prefeitos, senadores e presidentes. Mantenham seus corações limpos, suas mentes claras e seus ideais sólidos enquanto ainda é tempo.

Vamos mudar este país!

Se a "casa não se contrói pelo telhado", que tal começar uma "transformação social" praticando cidadania na fila do RU, tão presente no "dia-a-dia do estudante"?

2 comentários:

  1. Realmente trabalhar esses temas é se colocar no cotidiano dos estudantes.
    Seria ótimo colocar esses questionamentos durante o planejamento de como realizar as mudanças na Universidade.

    Concordo que é fundamental pensar a atuação dos estudantes como parte do problema e como parte da solução.

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  2. Pois é, houve um ônibus da UFSC, organizado pelo DCE, pro Fórum Social Mundial e ninguém (fora dos devidos círculos) ficou sabendo. Mandaram e-mail para seus amigos enquanto vários estudantes tiveram que gastar para ir de outro modo. Preferiram que o ônibus ficasse com SETE lugares vagos. De quem era o ônibus?

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