quinta-feira, 28 de julho de 2011

Avaliação do Curso

Em nosso curso, Psicologia, temos um processo de avaliação do curso. É um momento fantástico, onde os alunos expressam suas opiniões, críticas, sugestões e alguns elogios aos métodos utilizados e postura dos professores em sala, em cada disciplina.
Deixando os pontos positivos para outro momento, venho aqui trazer o que me chama atenção e me incomada: muitas críticas injustas, como se o processo de ensino aprendizagem dependesse apenas do professor. O aluno não se coloca como parte ativa desse processo. Muitos ainda acreditam que estão no ensino fundamental. Que na sala de aula deve existir só alegria e divertimento. Que não haverão esforços nem obstáculos.
Assisto professores sendo vítimas de muito preconceito, escurraçados e acusados injustamente. Falta imparcialidade e empatia por parte dos alunos.
Devemos lembrar que o professor também enfrenta problemas, não acha legal acordar cedo, têm família, responsabilidades, e (por mais que alguns duvidem), têm algum conhecimento a mais que nós, alunos.
Sim, eles fizeram no mínimo um curso igual ao seu, sem contar o mestrado e o doutorado. O discurso que os professores não devem ser vistos como os donos do saber é válido, mas destituí-los de todo saber, é ridículo.
Quando compramos um livro, vamos a uma palestra ou curso, acreditamos que aquele autor ou palestrante tenha algo a nos acrescentar. Ao menos naquele assunto sabe algo que não sabemos. Colocamos nosso dinheiro naquilo, tentamos sentar na primeira fileira e assistimos de boca calada, ou babando.
Mas quando alguns alunos entram na sala de aula, coloca o professor em um nível medíocre, tem conversas paralelas e uma postura desrespeitosa.
Concordo que os professores fizeram um concurso, assinaram um contrato e têm deveres e responsabilidades a cumprir. Entre elas, ministrar uma aula de qualidade. Isso tem que ser exigido. Mas não justifica a falta de respeito, de postura e de educação de muitos alunos.
Devemos lembrar que nós também, no ato da matrícula assinamos um contrato, que tinha regras claras, deveres e exigências. Não eram apenas direitos. Entre elas a presença. E alguns ainda reclamam quando o professor faz chamada.
Estamos numa universidade pública, muito bem paga e ainda podemos faltar a 25% das aulas. Não é o bastante?
Chamo atenção a um outro ponto: antes da crítica ao professor, o aluno deveria fazer uma reflexão e observar mais seus colegas, principalmente aqueles que têm posturas diferentes da sua.
Se eu nunca vou a aula e acho que a culpa é só do professor, seria ao menos de se estranhar que existem colegas que sempre estão lá, desde cedo, e assistem a essa aula com atenção.
Lógico que existem motivações intrínsecas e extríncecas em cada um que o leva à sala de aula. Mas se acho que as extríncecas são zero, que toda culpa deve-se ao porfessor, por não promover motivações extrínsecas suficientes, por que não questionar por que não tenho as intrínsecas?
Por outro lado, se meu colega nunca vai à aula, o que acontece com ele? Quais os pontos que devem ser mudados para que isso deixe de ocorrer?
Acredito que uma boa avaliação é feita no momento que conseguirmos um equilíbrio entre estes dois estereótipos: desde o aluno que nunca vai a aula e só faz criticar até aquele que assiste a tudo, mas não participa das disussões. A universidade é feita para todos e por todos. Se faz essencial eliminar estas variáveis e examinar o desempenho do professor livre destas influências, de maneira objetiva, madura e imparcial.

domingo, 10 de julho de 2011

A Universidade não é para todos!

Se você...

Não está disposto a assistir aula,
Prioriza uma hora a mais na cama a chegar no horário,
Acha um absurdo a frequência obrigatória,
Não concorda com nenhum tipo de avaliação,
Acha que seu curso deve ser só diversão,
E ainda acredita que os professores não sabem nada,

A Universidade não é para você.

Ou melhor:

Você não é para Universidade.