Semana passada os alunos de nossa Universidade organizaram uma bela e justa manifestação para melhorias do serviço do RU.
Minha tristeza e desabafo ficam por conta da conversa que tive um dia antes com um participante ativo do movimento: ao ser abordado na fila do RU pelo colega para participar da manifestação, questionei novamente o porquê do furo da fila nunca ter sido discutido pelos alunos. Entre outros argumentos, o colega se posicionou a favor do furo da fila, não só assumindo abertamente que era praticante desse ato, como também afirmando que o mesmo se justifica como a única forma dos alunos - e de outros que dependem do RU para almoçar - chegarem na hora aos seus compromissos, e que o furo da fila só é praticado por existirem as filas (sim!!?!??). Argumentou também que já tentou convencer os outros a não furarem a fila, mas desistiu ao ser chamado de hipócrita, já que, segundo ele mesmo, também fora visto furando a fila (e essa, alguém entendeu?).
Cadê a ideologia?
No livro "A História da Loucura" de Foucault encontramos:
"A loucura só existe em cada homem, porque é o homem que a constitui no apego que ele demostra por si mesmo e através das ilusões com que se alimenta. A Philautia é a primeira das figuras que a Loucura arrasta para sua dança, mas isto porque estão ligadas uma à outra por um parentesco privilegiado: o apego a si próprio é o primeiro sinal da loucura, mas é porque o homem se apega a si próprio que ele aceita o erro como verdade, a mentira como sendo a realidade, a violência e a feiúra como sendo a beleza e a justiça."
O que me parece é que a grande maioria no fundo entende o cerne do problema, mas pouquíssimos estão a fim de abrir mão do privilégio de entrar na fila na frente dos outros.
Continua a corrente da corrupção.
Bom, eu não furo fila... E você? Vai furar até quando?
sábado, 26 de setembro de 2009
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Passividade. Até quando?
Brasileiro não reage contra quem fura fila, diz estudo
Matéria do site Terra, 15 de setembro de 2007
Um estudo realizado por um psicólogo do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB) mostrou que os brasileiros não reagem quando alguma pessoa "fura" a fila onde estão, apesar de, em entrevista, cerca de 65% ter afirmado que tomaria alguma atitude. O relatório mostrou que, nestes casos, o indivíduo se mostra cordial e pacífico, preferindo fingir que não viu o acontecido.
A pesquisa, liderada pelo psicólogo Fabio Iglesias, observou e analisou as principais reações das pessoas, elaborando instrumentos de pesquisa em filas de bancos, restaurantes, cinemas ou rodoviárias, para poder explicar os comportamentos inusitados nestas situações. Todos os experimentos não demonstraram diferenças significativas entre homens e mulheres, sendo eles integrantes da fila ou "furões".
Iglesias também bancou o "fura-fila" para descobrir a diferença entre o que o brasileiro fala e o que realmente faz. "Muitos dizem que vão reclamar se alguém entrar na frente, mas o que a análise mostrou é que quase ninguém faz", afirmou.
Segundo Iglesias, mesmo que quase todas as pessoas pensem que a fila é um local intolerável, 20 ítens desenvolvidos por ele e aplicados em 302 indivíduos no Distrito Federal apontaram que o maior incômodo é causado pelo desconhecimento do tempo que se terá de aguardar no local. Buscando resolver este problema, Iglesias sugeriu a colocação de um visor, placas ou a simples justificativa da demora.
Durante a pesquisa, foram feitas simulações em uma fila de banco e em uma de cinema. O caso do banco gerou mais reclamações pelo fato do indivíduo se sentir em uma situação obrigatória, diferente do cinema, onde a pessoa se considera em um momento de lazer e opcional.
Filas no horário de pico do almoço em um restaurante coletivo também foram filmadas durante dois meses, indicando 57 intrusões. Neste caso, Iglesias informou que os furões entravam "como quem não quer nada", ou falando ao celular, olhando para o lado ou cumprimentando alguém da fila. A maior parte das pessoas fingiu não ver.
Outro fator importante destacado pelo estudo, é a escolaridade dos envolvidos. As pessoas que tiveram um maior nível de educação reclamaram mais por causa da demora que os de menor nível. "Nas classes mais baixas, as opções são mais restritas e os indivíduos já estão mais acostumados a tolerar a espera. É o caso, por exemplo, dos serviços bancários", explicou o psicólogo.
Matéria do site Terra, 15 de setembro de 2007
Um estudo realizado por um psicólogo do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB) mostrou que os brasileiros não reagem quando alguma pessoa "fura" a fila onde estão, apesar de, em entrevista, cerca de 65% ter afirmado que tomaria alguma atitude. O relatório mostrou que, nestes casos, o indivíduo se mostra cordial e pacífico, preferindo fingir que não viu o acontecido.
A pesquisa, liderada pelo psicólogo Fabio Iglesias, observou e analisou as principais reações das pessoas, elaborando instrumentos de pesquisa em filas de bancos, restaurantes, cinemas ou rodoviárias, para poder explicar os comportamentos inusitados nestas situações. Todos os experimentos não demonstraram diferenças significativas entre homens e mulheres, sendo eles integrantes da fila ou "furões".
Iglesias também bancou o "fura-fila" para descobrir a diferença entre o que o brasileiro fala e o que realmente faz. "Muitos dizem que vão reclamar se alguém entrar na frente, mas o que a análise mostrou é que quase ninguém faz", afirmou.
Segundo Iglesias, mesmo que quase todas as pessoas pensem que a fila é um local intolerável, 20 ítens desenvolvidos por ele e aplicados em 302 indivíduos no Distrito Federal apontaram que o maior incômodo é causado pelo desconhecimento do tempo que se terá de aguardar no local. Buscando resolver este problema, Iglesias sugeriu a colocação de um visor, placas ou a simples justificativa da demora.
Durante a pesquisa, foram feitas simulações em uma fila de banco e em uma de cinema. O caso do banco gerou mais reclamações pelo fato do indivíduo se sentir em uma situação obrigatória, diferente do cinema, onde a pessoa se considera em um momento de lazer e opcional.
Filas no horário de pico do almoço em um restaurante coletivo também foram filmadas durante dois meses, indicando 57 intrusões. Neste caso, Iglesias informou que os furões entravam "como quem não quer nada", ou falando ao celular, olhando para o lado ou cumprimentando alguém da fila. A maior parte das pessoas fingiu não ver.
Outro fator importante destacado pelo estudo, é a escolaridade dos envolvidos. As pessoas que tiveram um maior nível de educação reclamaram mais por causa da demora que os de menor nível. "Nas classes mais baixas, as opções são mais restritas e os indivíduos já estão mais acostumados a tolerar a espera. É o caso, por exemplo, dos serviços bancários", explicou o psicólogo.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Insights
Pensamentos, conceitos e colocações pertinentes...
"Faculdade Moral e Consciência são dois princípios morais da mente humana. Por Faculdade Moral entende-se o atributo da mente humana capaz de distinguir e eleger entre o bem e o mal; ou, dito de outro modo, entre a virtude e o vício. Trata-se de um princípio inato e, ainda que possa melhorar-se pela experiência e pela reflexão, não deriva de nenhuma delas, nem da experiência, nem da razão. Tanto São Paulo quanto Cícero oferecem a descrição mais perfeita sobre a Faculdade Moral que se pode encontrar. Conforme disse São Paulo, 'Pois quando os gentis, que não têm lei, praticam por sua natureza as coisas da lei, estes, não tendo lei, são leis para si mesmos, agindo de acordo com uma lei escrita em seus corações, tendo suas Consciências e suas razões como testemunhas que, entre si, os acusam ou defendem mutuamente.'"
Ballone GJ - Personalidade Psicopática - in. PsiqWeb, Internet, disponível em < www psiqweb.med.br/> revisto em 2005.
"Temos o direito a sermos iguais quando a diferença nos inferioriza. Temos o direito a sermos diferentes quando a igualdade nos descaracteriza. As pessoas querem ser iguais, mas querem respeitadas suas diferenças. Ou seja, querem participar, mas querem também que suas diferenças sejam reconhecidas e respeitadas."
Boaventura de Souza Santos.
"A concepção educacional que orienta esse projeto pedagógico pauta-se na formação integral do profissional, como agente capaz de atuar sobre fenômenos psicológicos em diferentes contextos. Com base nessa concepção, busca-se uma sintonia com uma formação global e crítica para os envolvidos no processo de formação, tendo como objetivos precípuos capacitá-los para o exercício da cidadania, promoção do bem-estar e transformação de realidades que comprometam a dignidade e convivência social."
Concepção filosófica do Programa Pedagógico do Curso de Psicologia da UFSC.
"Ninguém muda nada se não acredita que pode."
"Um olho por um olho acabará por deixar toda a humanidade cega."
Gandhi.
"O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons."
Marthin Luther King (Colaboração de Bruno Arthur Hochheim, estudante de Direito)
"Faculdade Moral e Consciência são dois princípios morais da mente humana. Por Faculdade Moral entende-se o atributo da mente humana capaz de distinguir e eleger entre o bem e o mal; ou, dito de outro modo, entre a virtude e o vício. Trata-se de um princípio inato e, ainda que possa melhorar-se pela experiência e pela reflexão, não deriva de nenhuma delas, nem da experiência, nem da razão. Tanto São Paulo quanto Cícero oferecem a descrição mais perfeita sobre a Faculdade Moral que se pode encontrar. Conforme disse São Paulo, 'Pois quando os gentis, que não têm lei, praticam por sua natureza as coisas da lei, estes, não tendo lei, são leis para si mesmos, agindo de acordo com uma lei escrita em seus corações, tendo suas Consciências e suas razões como testemunhas que, entre si, os acusam ou defendem mutuamente.'"
Ballone GJ - Personalidade Psicopática - in. PsiqWeb, Internet, disponível em < www psiqweb.med.br/> revisto em 2005.
"Temos o direito a sermos iguais quando a diferença nos inferioriza. Temos o direito a sermos diferentes quando a igualdade nos descaracteriza. As pessoas querem ser iguais, mas querem respeitadas suas diferenças. Ou seja, querem participar, mas querem também que suas diferenças sejam reconhecidas e respeitadas."
Boaventura de Souza Santos.
"A concepção educacional que orienta esse projeto pedagógico pauta-se na formação integral do profissional, como agente capaz de atuar sobre fenômenos psicológicos em diferentes contextos. Com base nessa concepção, busca-se uma sintonia com uma formação global e crítica para os envolvidos no processo de formação, tendo como objetivos precípuos capacitá-los para o exercício da cidadania, promoção do bem-estar e transformação de realidades que comprometam a dignidade e convivência social."
Concepção filosófica do Programa Pedagógico do Curso de Psicologia da UFSC.
"Ninguém muda nada se não acredita que pode."
"Um olho por um olho acabará por deixar toda a humanidade cega."
Gandhi.
"O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons."
Marthin Luther King (Colaboração de Bruno Arthur Hochheim, estudante de Direito)
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