sábado, 29 de agosto de 2009
Primeiros feedback's
Os apoios são importantíssimos, mas as críticas ainda mais!!
Gostaria de ratificar a importância das ações e movimentos políticos, e tentarei deixar claro o que quis manifestar ao dizer "... não vamos diminuir a importância e a força de nossas ações políticas... É claro que é mais fácil e divertido brigar com a reitoria, crucificar nossos políticos e antepassados...". Está relacionado com uma das frases que notabilizou o grande Sócrates: “Conhece-te a ti mesmo”.
As transformações interiores são muito mais trabalhosas e confrontadoras.
Estou colocando em pauta um problema que, no meu entender e de alguns outros, é notável, claro e de fácil solução. Não depende da reitoria, do governo ou dos meus pais!!
De acordo com o filósofo, é aí que se encontra a maior dificuldade!!
Universitários da UFSC, SURPREENDAM-ME!!!
Não vamos ficar com mesquinharias, medir forças ou discutir ideologias. Deste tipo de elocubração nosso país está farto e sua fertilidade é nula.
Nossas intenções e objetivos vão de encontro. Vamos acabar com essa passividade interior, dar uma sacudida no ser e abrir as idéias.
Vamos dar um exemplo de bom senso: SIMPLESMENTE RESPEITAR A FILA!!!
Boa semana!!!
domingo, 23 de agosto de 2009
Para Refletir....
Não dá um jeitinho?
Mais do que irritado por pessoas entrarem na minha frente na fila do Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal de Santa Catarina, eu fiquei frustrado com a minha passividade e dos outros alunos perante esse ato de desrespeito, além de intrigado pelo motivo dessa questão não ser discutida em nenhum momento pelos universitários. Eu presenciei manifestações para a melhoria do atendimento do RU com a abertura de novas alas e desenhos de mortos no chão devido à espera na fila, as quais são justas e fundadas. Não vamos diminuir importância e a força de nossas ações políticas. Porém nunca observei nenhuma crítica ao diário e constante desrespeito à Fila que já foi institucionalizado pelos Universitários.
O comportamento de uma boa parte dos alunos ao dirigirem-se ao RU é de primeiro procurar algum conhecido na fila e apenas depois, em caso de insucesso, amargarem o fim dela. Já identifiquei colegas que se tornaram profissionais nesse quesito. Acho que fazem amizades apenas para furar fila.
É claro que é mais fácil e divertido brigar com a reitoria, crucificar nossos políticos e antepassados do que colocar o dedo na cara do colega que entra na minha frente ou olhar no espelho e assumir que eu também furo a fila. Mesmo porque se eu reclamo hoje, não posso furar amanhã. Além disso, frear essa falta de respeito depende só de nós, e sendo assim, depende de muita maturidade, responsabilidade e boa vontade.
Desculpas para esse abuso não faltam: eu trabalho, estou atrasado, tenho uma aula tal hora, meus filhos, vou confraternizar com meus amigos, etc.
E os outros que já estavam na fila? Esses decerto não têm nada para fazer. Com certeza podem esperar mais um pouco enquanto você agiliza sua refeição para resolver os problemas do mundo!
Aproveite a fila para confraternizar com alguém diferente, faça novas amizades, apresente-se a quem vem antes ou depois de você. Fazemos parte da mesma comunidade, assuntos não faltam. Agora, se o amor ao seu conhecido for tão grande, puxe-o para o fim da fila.
Será que a solução seria criar algum sistema de cotas ou de preferência para os casos especiais? Quem fará parte dessa comissão? Não sei, mas provavelmente seus membros não terão mais que pegar a fila do RU.
No livro “A Cabeça do Brasileiro”, Alberto Almeida trata do jeitinho brasileiro e coloca a expressão “‘Você sabe com quem está falando?’ como o símbolo maior do caráter hierárquico de nossa sociedade. Alguns brasileiros – em situações nas quais o tratamento igualitário se torna intolerável – fazem e respondem essa pergunta. Torna possível estacionar em local proibido, furar a fila em repartições públicas, receber algum tipo de benefício da lei ou ser exceção de uma regra. Muitas vezes isso ocorre de maneira sutil, sem a frase, mas com o conceito ela se expressa.”
Nossa fila do RU é um exemplo claro!
Meu maior espanto é perceber que somos universitários, as supostas pessoas que devem mudar esse país. Como esperar algo se na mínima chance de tirar vantagem de nossas influências ou amizades já nos colocamos acima de conceitos básicos de educação e respeito, quiçá da lei.
Por que não entrar na fila normalmente e encarar mais esse problema de nossa nação como os brasileiros comuns que não se prevalecem de benefícios. A fila está lá para todos e, conforme Roberto DaMatta (Carnavais, malandros e heróis), “afinal, quem você acha que é? Ninguém é mais especial do que ninguém e, por isso a lei é geral e impessoal, aplica-se igualmente a todos.”
Será que nós, estudantes do ensino “superior”, somos “mais especiais”? Não deveríamos ser os primeiros a dar exemplos de cidadania? Não seria furar a fila também uma forma de desrespeito, uma sementinha do comportamento corrupto enraizado em nosso povo? Que tal quebrar essa corrente dentro de nossa própria casa?
Bom, esse assunto com certeza nos traz muito o que refletir e argumentar...
Então te convido: vamos para o fim da fila e lá teremos bastante tempo para discussões!!